quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Despedidas.

Olás, 


Clima de final de ano, algumas coisas se encaixando ou não por aqui, e gostaria de fechar o ano falando sobre Despedidas.
E acho que chegou a hora de nos despedirmos...
Guardar na memória os momentos os bons: de união, cumplicidade, aqueles que você está plenamente feliz e completo por realizar outros. Guardar as risadas, as piadas, os segredos de tirar o fôlego, as trocas de olhares que explicam tudo e nunca revelaram nada. 
Guardar no coração as emoções: o frio na barriga, o sangue fervilhando nas veias, a ira que se transforma em riso em minutos com um presente, a tristeza que por vezes escorreu feito lágrima, os dias em que seu coração pediu e outro respondeu.
Gravar as lições, as experiências, aquilo que parecia impossível e ainda assim aconteceu. 
As decepções, as tristezas, as mágoas? Eu não guardaria, mas elas acabam sempre aparecendo em algum momento. Não permitir que elas sejam protagonistas de cenas sem fim.
Lembrar, mas desta vez sem saudade, de algumas falas, frases, músicas. E com força, entender coisas diferentes com elas, ou simplesmente não se abalar tanto com o que passou. Entender, passou.
E com coragem, não usar você como referência, como padrão, como modelo. Apenas te deixar ir. 
Você foi mais um. Especial, sim. Mas só mais um. 

E quando finalmente, você estiver indo embora, não fazer nada. 
Além de deixa-lo ir e esperar o melhor. Tenho plena confiança de que ele vem. Sempre.
E assim, neste último post do ano, me despeço de você... 2010.
Foi bom o tempo que esteve aqui. Mas acabou. 


* E para querido você leitor, desejo um 2011 repleto. Com direção certa, sentido e plenitude. Em TUDO o que você fizer. Se buscar isso, saiba, estou no mesmo caminho. Agradeço a companhia, as visitas. E torço sempre pela nossa identificação por aqui. 

Um beijo especial,
Li
;-)



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eu quero o que eu queria.

Olás, 

Resgatando novamente relíquias do antigo blog, venho com um texto de 10/10/2005.  Dias depois do meu aniversário, parece que não ganhei o presente que esperava. Interessante que, apesar de ter mudado muito, desses anos pra cá, o que eu quero não mudou. E acredito que se parece com o que muitos por aqui também querem...

Quero alguém.

Alguém que tenha nos olhos o mesmo brilho do sorriso. E que esse brilho seja sempre independente... rs
Alguém que comece falando do dia e termine abstrato com um beijo suave.
Alguém que queria colo, e que saiba dar colo também.
Alguém que tenha opinião formada sobre pelo menos uma coisa na vida. Pode ser a cor que mais gosta, mas tem que ter certeza.
Alguém que tenha charme, que fique lindo de camiseta básica. Que cheire a carinho, masculinidade, virilidade... mas usando sempre o mesmo perfume.
Alguém que fale muito, mas que em algumas vezes não precise falar tanto pra se fazer entender.
Alguém que seja homem, menino e moleque. Que brinque, seja responsável e maduro, respectivamente.
Alguém que fique vermelho com elogio, tímido com um beijo, e excitado com minha voz.
Alguém que não tenha medo de sinceridade. Nem de perguntas ou respostas.
Alguém que não tenha medo de se arrepender e não encare tudo como um jogo, apesar de saber que se pode ganhar ou perder.
Alguém que aprecie minhas qualidades e ache em meus defeitos uma certa “graça”.
Alguém que reclame por mim, e não de mim.
Alguém que puxe minha orelha de vez em quando.
Que saiba coisas que me surpreendam.
E que me surpreenda com seu sentimento. 

Beijo-Li
;-)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Guia pra Nunca mais Sofrer por Nada"

Olás, 


Tem um tempinho que não passo aqui. Talvez por coisas demais na cabeça, talvez por menos. 
Mas uma coisa que tem passado na cachola esses dias é sobre prolongar sentimentos. Sofrer demais, esperar demais, acreditar demais, confiar demais. 
Não é história de gente ressentida que se deu mal (tá, também é), mas o quanto a gente assiste nosso próprio sofrimento? 
Pode ser num emprego, num ministério, numa relação familiar, com amigos, um amor. Tem coisa que a gente aprende na vida, mas nunca as alinha de modo prático. Tipo, um "Guia pra Nunca mais Sofrer por Nada". 
Falo isso, porque acredito estar num momento de aprender. Ou de sofrer porque não aprendi. Enfim...por qualquer um dos ângulos, ele dói. 
E sabem, queria muito fazer um listão...dizendo em quem não acreditar, em quais aulas não faltar, quais cursos fazer, quais livros ler. Mas acho que cada um tem sua própria lista, né?
Na minha hoje, incluiria mais um item. Quando saber o momento certo de desistir. 
Sim. Eu sei desistir. Mas demoro. Demoro terrível e dolorosamente pra desistir de algo. 
E enquanto não desisto, fico lá, tentando. Ouvindo 'nãos', 'talvez', 'quem sabe', 'espere', 'tente de outra forma'...
E tento mesmo outras formas, crio outras maneiras, espero, fico atenta e tento.
Tenho certeza de que demoro, exatamente porque sei que quando desisto de algo, eu realmente desisto. Isso eu tenho certeza sobre mim. 
Mas esse medo do 'desistir', do abandonar é estranho. 
Estatisticamente falando (sim, há exatas na minha vida!), toda vez que desisti de algo, aconteceu algo superior. E falo em várias áreas...todas as que você puder listar aí na mente. E essa estatística me fez seguir sem medo de dizer: "É, eu desisti sim.". 
Espero que na minha lista de itens...todos sejam aplicáveis. E agora, mesmo com o peito apertado e gelado, digo: eu desisto. 
E brinco com a frase, que é pra você leitor, não morrer com o drama: " Lutar sempre. Vencer talvez. Desistir...sempre que necessário."




Beijo-Li
;-)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sobrou, o Legado

Olás, 


Dias atrás, o pai de um grande amigo faleceu. Notícia triste que antecedeu o dia do meu aniversário. 
E lá, acompanhando a família, nos momentos que decorreram do velório, Eu Li na cabeça, pensamentos sobre nossa vida após a morte.
Não vou falar de paraíso, céu, inferno, almas que encarnam ou não. Vou falar da vida que a gente deixa aqui, de herança. 
Acredito que nossas atitudes hoje, tenham reflexos e consequências futuras. Desde jogar saco plástico na rua até influências diretas sobre outros. Nossas ideias e ideais, nossos sonhos realizados. 
E pra mim, o Sr. Carlos foi exemplo. Duvido que ele tenha deixado pra trás um livro pra ler. Que não tenha aproveitado o sucesso dos filhos, dado abraços carinhosos na esposa, ensinado com paciência alunos que lhe pediram ajuda. Foi conhecido na cidade pela inteligência e a maneira correta como procedia. Tranquilo, olhar sereno. Lembro claramente (com os olhos marejados) de quando uma vez, pedimos sua opinião para um trabalho. Ele sorriu, os olhos claros atentos nos ouviam com atenção. 
Quero lembrar, sim, da importância de nossas ações. Não sei ao certo se o 'que vai, volta'. Mas sei que 'o que vai', gerará algo. 
Abrace, seja gentil. Ensine, compartilhe. Perca tempo, invista atenção. Consuma calorias, gaste energia. Viva, esbanje sua saúde. Seja inteligente, ouse. Cresça. Ame. Se ame. Deixe algo bom. 
E lá, em algum momento do sepultamento, "senti" alguém ler: "Ao meu filho Carlos Felipe, deixo meu amor. A herança dos olhos verdes, do abraço sincero, o coração compassivo. A busca por dias melhores, pautada por sorrisos e despertador tocando logo cedo. A força, a fé e a sabedoria que um dia conheci e também formei."


Especial para o amigo, Carlos Felipe. Herdeiro de um precioso legado. 


Beijo-Li
;-)





domingo, 19 de setembro de 2010

Deixa o que você leva.

Olás, 


Por vezes, em momentos de pensamento profundo ou insônia (como agora), passa aqui na cachola uma Teoria. Talvez conhecida por alguns, mas que na minha cabeça, fui eu quem inventou. 
A Teoria da Bagagem. Ela diz sobre o que você leva ou deixa no caminho. Esse caminho pode ser uma viagem, e nesse caso, a bagagem ser bagagem mesmo. 
Mas se você colocar o caminho como sua vida, ela toma outro sentido. 
E aí, nessa Teoria, eu fico refletindo. O que poderia deixar pra trás que não sentiria falta? 
Ou ainda, o que tem de pesado na minha 'mala' que eu tenha que deixar pra trás pra seguir mais leve?
Em alguns casos, não adianta dobrar minuciosamente, fechar à vácuo, usar todos os espaços vagos. 
Às vezes, temos que deixar no caminho algumas coisas. Tirar da mala, olhar pela última vez e partir. 
Não pensar no espaço vago, nem no alívio de peso. Sim, porque algumas vezes, se pesa mais quando descarregamos os ítens. 
Não penso também no que vou colocar no lugar, no que pode ocupar o mesmo espaço, do mesmo jeito, talvez mais leve. 
É escolha. Inúmeros critérios pra justificar só um objetivo: tirar da bagagem. 
Às vezes, carregamos coisas demais. Passamos por outras que não merecíamos. Exatamente porque carregamos a 'bagagem extra'. 
Em mim, a hora certa de me desfazer de algo, é quando a dor na mente é maior que a das costas por carregar tudo. 
E friamente, abro a mala. Uma última olhada, um sopetão. Pronto. 
Engraçado como sempre faz frio. Sempre venta e parece ter terremoto também. 
Aperto o passo e sigo. Nunca volto ao "Achados e Perdidos". Nunca. 


Beijo-Li
;-)

sábado, 11 de setembro de 2010

Eu Li sobre a Teo-Demo-cracia

Olás, 

Texto de abril deste ano...Eu Li, mas continuo lendo...

Ensaio sobre a Teo-Demo-cracia

Quantos Cristos existiram, afinal?



Pergunto isso, porque de alguma maneira parecem ter existido inúmeros e cada um com uma mente diferente.

Tenho vários amigos cristãos, de diversas ‘denominações’... e ultimamente tenho sido muito cética em alguns quesitos. Não que eles (quesitos) determinem a verdade, mas me levam a questionar o quão fiel à imagem e semelhança de Deus eu tenho sido.

Do princípio? Tá bom...denominações. Caramba! Uns do fogo na língua, outros com fogo no pé, uns em outras partes. Ainda há os quase bombeiros, que é só falar em fogo que se apagam. Uns que limitam, outros que abrangem todos, ou ainda os que escolhem.

Hoje, tem igreja pra gente tradicional, pós-moderna, neo-pentecostal, pluri-pentecostal, extravagante, tatuada, chegada ao sexo, do rock, do surf, do axé. Tem das celebridades, dos ricos, dos que querem ficar ricos.

Fico imaginando – espero não pecar com isso – como é que Jesus enxerga essa embromação toda. Se na época dele, já soltava os cachorros quando os discípulos tentavam complicar as cosas, imagine hoje!

Gente comercializando o que é de ‘graça’, abusando da boa-fé e do sofrimento dos outros. E não me refiro só a dinheiro!

Falo de gente que se entorpece e se oferece à instituições que abusam, ferem e prejudicam. Falo de gente que se frustra por não reconhecer na liderança o mínimo de atitude concernente com a palavra.

Falo de gente que começa a odiar a Cristo, porque a única experiência que teve através de pessoas foi completamente frustrada. Gente que desconhece o amor, a paz e a alegria. Que desconfia do abraço acolhedor e da mão tão quente do Pai.

Gente que hoje, blasfema contra suas próprias escolhas e não reconhece mais a voz do Bom Pastor.

A responsabilidade de representar o verdadeiro Cristo aqui na terra é minha, é sua. De todos os que acreditam nele. Faça isso com responsabilidade. Se não conseguir, desista. Antes frio, do que morno. Foi ele mesmo quem recomendou.

Não faça pela metade. Não faça mal feito. Não faça do seu jeito.
Acredite, o lobo com pele de cordeiro, pode sim ser você. Aprenda de verdade, diretamente com quem ‘conhece’ a história.

Resolvi escrever sobre isso, exatamente porque cheguei à conclusão de quantas ‘idiotices eclesiásticas’ eu já acreditei nessa vida. E olha, só tenho 26 anos!

Quantas ‘fábulas de velhas caducas’, quantas coisas distantes da simplicidade e pureza que é a revelação de Cristo pra nós.

Que Cristo eu estou seguindo, afinal?

O Cristo que julga pessoas, que castiga, que discrimina? Se sim, onde foi que eu o encontrei? Porque na bíblia, certamente ele não está.

Tenho receio de tê-lo encontrado na igreja. De ter conhecido ele lá. Medo de que ele tenha sido me apresentado como a verdade. Uma verdade idiota, impura, injusta. Que não ama, nem aceita. Mas que aprisiona, que dissimula. Que não cura, nem ressuscita ninguém. Ao contrário, que mata. Mata sonhos, relacionamentos. Mata gente, de verdade.

Não sei mais se eu quero o Cristo da Igreja. Até porque não tenho mais tanta certeza de que ele mora lá.

Na minha cabeça, ele está nas ruas, andando em meio aos que realmente precisam. Salvando gente, cuidando. O único Cristo, o que realmente existiu e vive hoje, infelizmente, talvez esteja bem longe da Igreja. Acho que desistiu de somente carimbar nossos protocolos e selar nossas regras de fé e prática que tantos ostentamos. Se cansou de ouvir nossas orações fingidas, nosso orgulho reprimido, nosso medo disfarçado.

Mas ainda assim está acessível. Livre e vivo pra quem o quiser achar. Até porque, acho que presos e mortos, estamos nós.

Beijo-Li
;-)










quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pena que não é só dó.

Olás, 


Passou pela minha cachola, um sentimento que tenho quando vejo algumas coisas. 
Todo mundo tem dó das crianças famintas na África, dos bebês abandonados na China, dos mendigos passando frio nas noites de inverno. 
Eu também tenho dó. Compaixão, lástima, comiseração, tristeza.
Mas quando vejo gente se perdendo. Não só nas drogas, alcóol, vícios. Mas em coisas que corrompem a vida tanto quanto estes. 
Tenho dó de gente amargurada. 
Tenho dó de gente que não consegue conservar amizades ou um amor.
Tenho dó de gente que sorri e no outro instante atira pedras. 
Tenho dó de gente que se preocupa tanto em corrigir os outros, que não olha mais pra si.
Tenho dó de gente que grita, sem ouvir. 
Dó de gente que se anula, se mutila, não se valoriza. 
Dó de gente que inveja os outros. 
Dó de gente que passa o final de semana sozinho porque ninguém chamou pra sair.
Dó de gente que se julga incapaz sem tentar. 
Dó de gente insatisfeita com o sexo que tem. 
Dó de gente que não amadurece. 
Dó de gente que fica bem de branco, mas ainda ostenta um sorriso amarelo. 
Dó de gente que magoa outros, fazendo por vontade mesmo. 
Segundo alguns, eu não deveria. Mas tenho! Faço o que?
Observo, contemplo, assisto, às vezes tento estender a mão ou então acho graça. 
E exatamente por me comover, concluo: as pessoas são exatamente aquilo que querem ser. E disso, não dá pra ter dó.


Beijo-Li
;-)







quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Completa o que falta ou falta o que completa?

Olás, 


Depois de pensar sobre saudade, passou por aqui um pensamento de como as pessoas por vezes se completam. 
Pode ser no olhar, ao entender as expressões, ao olhar pro mesmo ponto. 
Talvez o mesmo riso, as mesmas piadas. Achar eco nas frases, nas angústias. 
Algumas vezes o que preenche é exatamente o que falta. Aquilo que falta no outro e sobra em você. Sensibilidade, timidez, ousadia. 
Dentre aqueles que se relacionam comigo o que nos une (ou não) é o quão saborosa é essa sensação de 'completude'. 
É o conhecer os limites e saber ler os gestos. Até mesmo adivinhar as palavras e reações. 
Não acredito que sejamos seres 'pela metade', que precisam sair por aí, caçando a tampa ou pé de chinelos. Mas creio que algumas pessoas despertam na gente a sensação de 'fico melhor com você'.
Descobrir identificação e se completar com alguém, por vezes, tem esse gostinho.
E como se completa? 
Nesse quebra-cabeça da mente com o coração, vale riso, piada interna, laços inventados. Vale companhia, sorriso, presente surpresa. Vale estar perto e odiar, e estar longe e odiar mais ainda. Vale birra, greve e bico. Vale o dia, noite e madrugada. Vale nascimentos e velórios. Vale se perder no caminho, passear sem destino. Vale abraços apertados pra esquentar e cafuné pra dormir. Vale inventar apelidos e chorar junto. Vale ter trilha sonora e saber identificar o humor num olhar. Vale pagar a conta, cozinhar. Vale pagar mico e passar enrascadas juntos. Vale faltar à aula e entender o mau humor. Vale abrir mão de algo e sempre achar que fez o certo.
E assim, de um jeito "tão...tão...." completo, a gente sempre acha alguém que nos completa. Sim, duas vezes mesmo. Repeti pra ter certeza de que por ser completo, não falta nada.
"O outro é o outro, e assim mesmo nos completa. E isso faz bem." (Flávio Gikovate)


Beijo-Li
;-)


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Saudade.

Olás, 


Somos os únicos donos da palavra Saudade. 
Saudade de épocas, ambientes, músicas, gostos, cheiros. 
Mas a saudade, por vezes também assume personalidades, se transforma em atos e momentos. 
Saudade das ligações noturnas intermináveis, do toque suave na mão. 
Saudade da voz, do sorriso lisinho e branco. 
Saudade do sotaque e de rir com as gírias curiosas que usava.  
Saudade da saudade que vinha com o período sem se ver. 
Saudade do apoio, da segurança e do all star preto que combinava tão bem. 
Saudade do sorriso que vinha estampado como que de fábrica. 
Saudade do cheiro e da pele, da barba e do corte de cabelo. 
Saudade dos tours por São Paulo. Das brigas por desconto e de ouvir que os paulistas são todos uns estressados. 
Saudade do olhar de admiração e carinho. 
Saudade do tom de voz, que mudava de maneira dócil pra agradar. 
E ainda assim, anos depois, existe saudade. 
No dicionário, ela aparece como: Recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes, ou de coisas passadas. Nostalgia. Lembranças.

Mas pra mim, Saudade é claramente um sinônimo de: coisas que dificilmente eu vou esquecer.


Beijo-Li
;-)





domingo, 22 de agosto de 2010

Mais do mesmo.

Essa frase ecoou na minha cabeça hoje. Talvez por ouvir os mesmos assuntos de algumas pessoas. E isso ser contrário à uma das minhas mais marcantes características: sou ávida por novidades, por informação, pelo diferente, por tudo aquilo que eu não conheço. 
Gosto de descobrir, de saber algo novo, de me informar. Enfim, isso inclui, claro, conhecer gente de várias áreas, vários estilos, gastar tempo em leitura de assuntos desconhecidos e ficar amiga de outros 'curiosos' como eu. 
Tá...e daí? É, e daí? 
Bom, e daí que eu tenho amigos com quem converso sobre moda e estilo, outros que discutem horas sobre ciências, alguns com quem compartilho a paixão por história e filosofia. Também tenho os que me ajudam nas análises psicológicas, que me ensinam a fazer tricô, que contam histórias da bíblia e me revelam detalhes das entrelinhas. Alguns que cantam comigo e me ajudam a descobrir novas 'vozes' nas músicas. Que me ensinam o funcionamento de um porto, um navio, ou ainda me contam como fazer uma laje sem que ela caia na cabeça de alguém. Os que dão dicas de culinária, que me ensinam a fazer uma gravata, a cuidar melhor do carro.
O fato é .... o que você extrai das pessoas? 
O insight deste post foi um amigo que frequenta a mesma comunidade que eu. Não temos o contato diário de amigos íntimos, mas é alguém com quem ganho (sim, ganho) boas horas conversando. Também não temos a mesma idade, o que torna a amizade ainda mais curiosa. Poderia passar horas com ele, que acho que conversaríamos sobre tudo. Da pobreza do outro lado da rua à vida abastada e fashion das capas da Vogue. Nos entremeios poderíamos passar sobre religião, cristianismo e receita de macarrão. Ele é um cara lindo, se tivesse mais 8 anos...enfim..heheheheh
Pergunto de novo (pra mim também): o que você extrai das pessoas?
O que leva com você, que te acrescenta, que te edifica, te informa?
Se a maioria dos seus contatos está fraca, se não sai nada novo, mude um pouco. Desintoxique. Recicle. 
Não precisa ser um camaleão ambulante. Seja "mais" do mesmo.


Post dedicado ao queridíssimo Lucas Alves. 
Beijo-Li
;-)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tudo é só isso.

Olás, 


Tenho 26 anos. Mas às vezes, me pego lembrando de sensações da infância. Sim. 
Eu lembro por exemplo, da sensação de pressão entre os meus dedos abrindo e fechando a mãozinha quando eu era recém-nascida. Lembro cheiros e gostos da infância. Do som de alguns dos meus medos. De algumas palavras, e elas me lembram sensações, sentimentos. Lembro também do som de alguns sorrisos marcantes que dei e do peso de algumas lágrimas que já escorreram pelo meu rosto. 
Talvez seja loucura, inconsciente super desenvolvido, deja vu...sei lá. Eu lembro. E ponto.
O gosto da limonada feita pela minha vó, quando eu almoçava lá, todos os dias depois da escola. 
O cheiro do xampú que eu usava na adolescência. A textura dos papéis de carta que colecionava. 

A cara que a professora da 4ª série fez quando eu disse que o Milton Nascimento tinha voz de dor de barriga. Irritada por ter que decorar "Coração de Estudante" pela 15ª vez. 
Lembro da frase: "Você é ótima!" que a professora do colegial falou, eu não esqueci e escrevo até hoje. 
Lembro da primeira vez que eu ganhei um beijo de um menino na bochecha. E também lembro do gelado que senti no peito, quando vi de longe meu 'primeiro amor'  dando um beijo em outra na brincadeira salada mista. 
O primeiro dia no primeiro emprego. O som dos passos do chefe no corredor. 
Lembro de meus 15 anos. Sem festa, mas com minha conversão. Aqui, sozinha no quarto, e muito feliz. Foi o melhor presente que eu poderia ganhar. 
Das idas ao culto das Senhoras durante a tarde. Só pra voltar e 'roubar' amora no pé do vizinho da igreja. 
O cheiro da folha de provas no vestibular. E a importância que tinham 5 minutos quando se está cansada às 23h depois de engatar trabalho e faculdade. 
Lembro da textura da bíblia antiga que eu lia e rabiscava. 
Da sensação da primeira engatada na marcha do carro. 
Da voz na saudação da moça da AOL, dizendo: "Olá, você está online!"
Da angústia no estômago em faltar no domingo na igreja pra ir fazer TCC, durante uns 4 meses. 
Da lei da gravidade se movendo quando senti Deus mudando os planos pela primeira vez. 
Do alô em algumas ligações e do som de algumas risadas especiais. 
Do calor que senti em pegar na mão de um rapaz certa vez, e de como isso refletiu rapidamente nas minhas bochechas. 
E assim, lembrando, percebo o quanto algumas pequenas coisas são marcantes. 
Talvez, na hora, passaram lá...totalmente despercebidas. Não ganharam relevância. 
Mas hoje, lembrando, lembrando... me percebo não como adjetivos e características, mas como acontecimentos e detalhes. 

E sinceramente, gosto muito do que lembro. Às vezes, gosto mais do que lembro, do que vejo atualmente. 
E hoje, em especial, eu lembrei que meu tudo é só isso. 


Beijo-LI
;)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eu, Li...e continuo lendo.

Exatos 4 anos de jejum de Blog quebrados nesse instante. Emoção!


Por aqui, virá o que passar na mente. Sem rodeios, placas ou freios. Talvez um sinal vermelho, uma multa pra disciplinar. Ou ainda, um passeio despretensioso, sem motivo. Ou um sério e perigoso, daqueles que deixam marcas no chão. 


Dica pra ler e continuar bem. Não leve tudo (aqui) a sério. E mais, espalhe, comente, mostre-se. 


Pra estréia, resgato um texto de Fevereiro/2006. 



Nissin Love. Amor Lámen.

O povo anda apressado. Querendo transformar a vida amorosa numa grande refeição... literalmente... (sim, tem uma piada de duplo sentido aí.)
Você quer alguém que seja fácil de encontrar, não custe muito e que num instante esteja pronto pra você!
Um amor que fique pronto em 3 minutos!
Basta mexer um pouquinho, e zás: o cheirinho da paixão e o saborzinho do amor estão prontos pra serem devorados!
O problema é que nem sempre a receita dá certo. Na maioria das vezes, algo desanda... a pressa pra se “cozinhar” e a falta de habilidade podem ajudar a dar início a uma gororoba sentimental...
Perdem-se os limites na rapidez dos acontecimentos, e na pressa alguém sempre sai queimado.
Ok... passar “fome” não é nada bom, mas comer cru e passar mal não é lá muito agradável...
Subjetivo demais?
Entenda. Amor não é instantâneo... pode parecer, mas não é...
Amor gostoso é aquele cozido em fogo brando, mexendo sem parar, com todo cuidado pra não grudar no fundo da panela.
A receita pode não render muito, mas fica deliciosa.
Paciência...
“O amor que se procura é bom, mas o que não se procura é melhor.” W.Shakespeare

Beijo-Li
;)