Olás,
Depois de pensar sobre saudade, passou por aqui um pensamento de como as pessoas por vezes se completam.
Pode ser no olhar, ao entender as expressões, ao olhar pro mesmo ponto.
Talvez o mesmo riso, as mesmas piadas. Achar eco nas frases, nas angústias.
Algumas vezes o que preenche é exatamente o que falta. Aquilo que falta no outro e sobra em você. Sensibilidade, timidez, ousadia.
Dentre aqueles que se relacionam comigo o que nos une (ou não) é o quão saborosa é essa sensação de 'completude'.
É o conhecer os limites e saber ler os gestos. Até mesmo adivinhar as palavras e reações.
Não acredito que sejamos seres 'pela metade', que precisam sair por aí, caçando a tampa ou pé de chinelos. Mas creio que algumas pessoas despertam na gente a sensação de 'fico melhor com você'.
Descobrir identificação e se completar com alguém, por vezes, tem esse gostinho.
E como se completa?
Nesse quebra-cabeça da mente com o coração, vale riso, piada interna, laços inventados. Vale companhia, sorriso, presente surpresa. Vale estar perto e odiar, e estar longe e odiar mais ainda. Vale birra, greve e bico. Vale o dia, noite e madrugada. Vale nascimentos e velórios. Vale se perder no caminho, passear sem destino. Vale abraços apertados pra esquentar e cafuné pra dormir. Vale inventar apelidos e chorar junto. Vale ter trilha sonora e saber identificar o humor num olhar. Vale pagar a conta, cozinhar. Vale pagar mico e passar enrascadas juntos. Vale faltar à aula e entender o mau humor. Vale abrir mão de algo e sempre achar que fez o certo.
E assim, de um jeito "tão...tão...." completo, a gente sempre acha alguém que nos completa. Sim, duas vezes mesmo. Repeti pra ter certeza de que por ser completo, não falta nada.
"O outro é o outro, e assim mesmo nos completa. E isso faz bem." (Flávio Gikovate)
Beijo-Li
;-)
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