segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ensaio sobre a vida. (até onde eu sei)


Ensaio sobre a vida. (até onde eu sei)

E ela passa. Essa é a única conclusão que cheguei até agora.
Se você deixar, ela se vai e nem se sente.
Pode-se perder num deslize ou mesmo sem fraquejar.
É implacável, nada supera sua força de ser e estar.
Ela chama, convoca. Poucas vezes deixa a gente a falar.
Dá pra gente colorir, desenhar, inventar. Dá pra fazer recortes e colar por cima.
Vida é coisa maleável. Mas rarefeita.
E por vezes, todos tem mais de uma.
A gente chora por vida, nasce por vida, morre por vida. Vive por vida.
Nunca vi por aí uma vida com pressa. A gente é que tem.
É cheia de desencontros. Mas tem veias e raízes em todo lugar.
E quando a gente perde ela de vista, adeus vida.
Vida é bicho que não se pode segurar. Nem soltar demais. Nem esquecer em casa.
Assim, feito bichinho...merece carinho e precisa sempre de alguém pra olhar.
Não aprendi bem do que se alimenta, mas sei que com sorriso dá pra sustentar.
Algumas vezes ela empaca, e olha, é difícil de fazer andar. Mas como bicho independente que é, a vida logo trata de andar.
Vai pelo meio-fio, desafia a gravidade e acha que sabe voar.   
Ela conversa, conhece, se enche, esvazia. E pelo que entendi, pra ser boa vai ser assim: bem vivida, a Vida.

Bjo-Li